Assim como a maioria das cidades brasileiras, Baixa Grande surgiu ao redor de uma capela, as margens de uma estrada, num ponto que servia de pouso aos viajantes e suas tropas. As terras eram da fazenda “Cais” propriedade de Dona Ana Ribeiro Soares.
De acordo com o livro "Vida de Baixa Grande" de Judite Soares de Sousa e Azevedo, Dona Ana Souza Santos tinha um costume de todo mês de Setembro ir a Monte Alegre (atual Mairi) pagar promessas a santa de sua devoção nossa Senhora das Dores. Saindo da fazenda Cais com todos os seus rumo a esta longa viagem, em uma carroça, puxada por dois burros ou pelos seus escravos. Na volta desta cansativa viagem pararam na estrada em uma "baixa grande" para descansar e almoçar. Logo depois, encantada com aquele lugar fez um pedido a seu filho mais velho Manoel Ribeiro Soares: "meu filho estou velha e cansada de viajar para Monte Alegre, seria bom que construísse aqui nesta "baixa grande" uma capela". O filho questionou quanto ao local, contudo fez a vontade de sua mãe. Imediatamente ele ordenou aos seus escravos que desbravassem as matas, onde daria início a construção da capela. Feiras livres eram realizadas no entorno desta capela (atualmente a Igreja matriz de Baixa Grande) e casas foram erguidas.
Baixa Grande foi então fundada pelo Coronel da Guarda Nacional, Manoel Ribeiro Soares, filho de Dona Ana Ribeiro Soares por volta do ano de 1860 a 1861. Por intermédio do fundador, e demais famílias, no ano de 1872 pela Lei Provincial Nº 1195, o arraial de Baixa Grande foi emancipado e desmembrada do município de Santana do Camisão, (atual Ipirá). Baixa grande é então elevada à vila pela lei provincial nº 2502 de 17 de julho de 1885, foi extinto em 1906. Restaurado em 1910, o município foi extinto mais uma vez em 1931, passando o território para Monte Alegre (hoje Mairi). Finalmente emancipou-se politicamente em 1933.
Área: 982,7 km²
População: 20.431 habitantes (IBGE, 2017)