Expansão com qualidade foi o tema da primeira mesa no Seminário EaD durante o Congresso da UFBA 2018

 

Dando continuidade as atividades do V Seminário de Educação a Distância da UFBA e ao II Seminário de Educação a Distância da Faculdade de Educação (FACED), ainda ocorreram na manhã da última quarta, as mesas: Expansão com qualidade e Experiências EaD. No primeiro momento, compondo a mesa sobre a expansão com qualidade, a Superintendente de EaD da UFBA, Marcia Rangel, apresenta um relatório de avaliação sobre a modalidade na UFBA. De acordo com o diagnóstico apresentado, que recorta os anos de 2010 – 2016, as Instituições de Ensino Superior (IES) privadas recebem maior incentivo para a modalidade a distância, enquanto as IES Públicas vivem uma realidade de dependência de programas de fomento. Os baixos recursos aplicados as IES Públicas interferem diretamente na infraestrutura, como também se expressa na oferta de vagas. A oferta de vagas gira em torno de, aproximadamente, 7 milhões nas Instituições privadas, para 765.616 nas IES Públicas. Apesar desses indicadores, a modalidade ainda apresenta melhores resultados nas IES Públicas. Segundo resultados do ENADE, comparando as 5 Universidades Públicas e entre as 5 Privadas, as públicas apresentam índices superiores, sendo possível então, pensar algumas estratégias internas e externas para a manutenção dos cursos EaD na UFBA.

Já a Profª Maria Cecília, da Comissão de EaD da Faculdade de Educação (FACED/UFBA), apresentou perspectivas da tecnologia e inovação aplicadas a EaD. Compreendendo o caráter crítico, político e intencional desses processos de inovação, Cecília discorreu ainda sobre a ressignificação da presença e corporalidade no processo educacional.

A Profª Drª Tânia Fischer fez a defesa da EaD, por ser essa uma modalidade democrática, que possibilita o acesso à educação, a partir do diálogo e da adaptação às realidades dos estudantes. Para a professora, inovações na academia são processos que levam tempo e dependem do diálogo, e da compreensão sobre novas tecnologias por parte da academia. Portanto, a EaD é uma modalidade que, embora não tão nova, depende das tecnologias e por isso ainda é atravessada pelo processo de compreensão e reconhecimento dentro das instituições. Fechando a mesa. a Presidente do Conselho Acadêmico de Ensino, Sonia Mª Gomes, chama atenção para o que disse Profª Tânia sobre o caráter processual da implementação do ensino a distância, uma vez que identifica e levanta a problemática sobre a regulamentação dos cursos EaD que reproduz um modelo da modalidade presencial.